Este livro pretende convergir o movimento celeste com o movimento da humanidade e da Terra no seu todo.
A série “Espirálico movimento” retracta o movimento das galáxias.
A espiral é a forma onde se insere a evolução da Terra, da humanidade e de
cada ser.
As séries “Os sonhos”, “A festa” e “Néon” expressam o mundo
desfigurado em que apenas a cor, a luz, a vibração, a energia é relevante
salientar.
Contrariamente nas séries seguintes (“A criação”, “Transição”
e “Mundo perdido”) passa-se à figuração. Isto acontece porque se evoca o
“corpo” da humanidade e da vida terrestre.
No entanto o criador não deixa de evocar os “céus na Terra”, quando
na série “Transição” está bem patente a dualidade entre o quadro “Doce
oleado” e o quadro “A escola”. O primeiro expressa o ritmo linear mas
desfigurado, enquanto o segundo evoca o número como peça primordial para
aderir ao mundo concreto. O criador pretende associar esta série ao processo
dual absoluto \ relativo; inconsciente \ consciente; céu \ Terra que cada criança
expressa durante a sua infância.
A dualidade continua nos quadros da série o “Mundo perdido”. E é fácil
perceber porquê, já que quando um mundo natural é destruído pela «chama»
resta apenas uma imagem desfigurada da mesma; as cinzas coloridas que darão
alento à inspiração; as luzes que fomentarão um novo mundo; novas figuras. O
quadro “nenúfar” e o quadro “A chama” representam o concreto, a
natureza figurada e o quadro “A floresta” juntamente com o quadro “O silêncio”
representam a luz que imane da destruição e da contemplação resignada,
calada, silenciada.
espirais 4 e 5
festa dos mares